quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O problema do francês

Durante os quase oito meses que passei estudando o francês, percebi algo: O francês não é difícil. Por favor, corrijam aqueles que disserem que o francês não é fácil, porque certamente está entre as línguas mais fáceis de se aprender (ainda mais para um brasileiro). A pronúncia é fácil de pegar, várias palavras são parecidas em português e existe uma quantidade considerável de pessoas que falam, então... É, você está a salvo.

Mas tem uma coisa no francês que sempre acaba com o prazer de estudá-lo: Aprender a ouvir. O problema do francês está em quando os nativos dessa língua começam a falar. É tudo muito rápido, embolado e eles têm essa "mania" de comer palavras. Me corrijam se eu estiver errado, mas creio que essa seja a parte mais complicada do francês.

Não sei quantas vezes me pediram para traduzir alguma coisa que um nativo disse e eu respondi "Euh...". Entretanto, quando converso com alguém que está apenas aprendendo a língua (principalmente com aquelas que não são 100% fluentes ainda ) a situação fica muito mais fácil. Assim como no português não fazemos muitas pausas, um nativo do francês não as fará e isso vai complicar muito, mas muito a sua compreensão.

Isso significa que não importa quanto você treine a pronúncia do francês, meu chapa- Vai ser muito mais fácil você aprender a ouvir... Ouvindo.
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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Não tenho coragem para o japonês

Não tenho mesmo. Mesmo que eu tentasse muito, duvido que conseguiria. Simplesmente não tenho "papo" para essa língua, e vou explicar o porque. Não é novidade que o japonês é uma língua complicada, com todos aqueles "risquinhos chatos" que você tem que decorar, mas acho que o que uma boa parte não sabe é que não é aí que está o problema do japonês.

Diferentemente de várias línguas (como o português), ele não tem exatamente um alfabeto, e sim algo chamado silabário. Isso significa que eles têm uma letra para cada sílaba. Por exemplo, a sílaba "sa" é escrita por apenas uma letra, e não por duas. Para complicar um pouquinho mais, existem dois deles, o Hiragana e Katakana (dos quais não vou me aprofundar porque não tenho muito conhecimento).

Mesmo que o hiragana quase não seja utilizado na vida real, ele existe e está ali para acabar com você. Entretanto, essa não é a parte mais difícil do japonês. Não mesmo! O problema dessa língua está no chamado Kanji. Eles são basicamente caracteres usados para expressões únicas e eles estão em torno de 3000. Imagine se o português tivesse uma "letra" específica para cerca de 3000 palavras. Isso certamente o tornaria bem mais difícil.

Japonês? Não, obrigado. Passo.
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O inglês me confunde?

Fala, falantes! E... Mas hein? Eu sou sortudo, cara. Sortudo demais! Tive a sorte de aprender o inglês naturalmente e o prazer de nunca ter prestado atenção em uma aula sequer dessa matéria que- pelo o que me dizem, é um saco.

A maioria do pessoal que aprende o inglês e pelo menos mais uma língua, confirma que sim, ele é bem fácil. E eu não diria que é uma língua difícil- baseado nas regras que eu sei- mas existem algumas coisas confusas. Acho que a razão do inglês ser difícil- Além das pessoas não estudarem todos os dias- é que falá-lo é complicado.

Comecei a aprender o inglês com freaking 3 anos. 2? 4? Tanto faz, eu era muito novo. A associação entre palavras e imagens no jogo de pokemon deu certo para mim, diga-se de passagem. Mas o importante é que eu nunca tive que aprendê-lo de verdade. Não que eu o fale 100% corretamente, até porque não o uso com muita frequência, mas eu já posso ser considerado fluente nele. Eu estou me gabando? Não, até porque não foi uma conquista minha, foi pura sorte.

Mas eu sou grato de ter aprendido o inglês naturalmente, porque sinceramente, não o acho uma língua fácil. Até porque existem poucas sílabas para muitos sons diferentes. Por exemplo: Save ( Sei-ve ); Apple ( Á-pôu ); Scar ( 'S-Car ). Mas que bosta? Olha como o a tem sons diferentes dependendo da situação. Quais situações são essas? Nem sei! Mas a parada aí certamente é bem diferente do português, onde a gente tem lama, panela, fala, falha e pastel.

Uma mesma letra pode soar totalmente diferente, e isso é bem... Frustrante. Certamente eu odiaria aprender como o inglês soa em situações específicas- Nunca fui apaixonado por regras, e essas certamente me fariam odiar a matéria. Você sabia que somente uma pequena fração dos falantes fluentes da língua inglesa sabem mais do que um quinto das regras? É, fera. Aprender inglês na prática é uma coisa bem útil. You should give it a try.
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Não, eu não falo.

Olá, falantes. O meu nome é Jam, tenho 14 anos e eu estou en train de devenir un polyglotte. Ou quase. Faz sete meses que eu estou obcecado com a ideia de me tornar um poliglota ou até mesmo um hiperpoliglota. Tarefa complicada e demorada, em certos pontos talvez até mesmo tediosa, mas tenho minhas razões e a criação desse blog pode me incentivar a continuar seguindo esse sonho não-tão-novo-assim.

Falar uma língua hoje em dia é bem útil, quase que necessário, eu diria. É uma pena que quando algo se torna uma obrigação, é mais difícil se habituar a ela, porque... Meh, é uma obrigação. Quem liga? Entretanto, quando o aprendizado de uma língua deixa de ser uma necessidade para se tornar um prazer, as coisas mudam um pouco. Não... Mudam bastante.


Falar várias línguas, por conta do seu trabalho, da sua curiosidade ou simplesmente porque você é "um louco que adora brincar de masoquista aprendendo os alfabetos hiragana, katakana e os ideogramas kanji" pode te levar a perceber o quão o mundo é incrível.


Quando você está aprendendo uma língua nova, você não está apenas decorando um monte de regras e palavras. Você está descobrindo pessoas inusitadas, explorando novas culturas e criando em si mesmo um cantinho reservado para esse pequeno país poliglota que você criou no seu coração. É como se cada língua que você aprendesse acrescentasse uma nova alma ao seu corpo. E essa sensação de realização ao terminar de aprender uma nova língua é indescritível.


E aqui acaba de escrever seu primeiro post- A boy who wants to become a polyglotte. Então bem-vindos ao meu blog, eu... Eu... Sei lá se alguém vai ler isso. É isso aí, falou.
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